terça-feira, 22 de abril de 2014

Filosofia Medieval

 


Introdução

Podemos chamar de Filosofia Medieval a filosofia que se desenvolveu na Europa durante a Idade Média (entre os séculos V e XV). Como este período foi marcado por grande influência da Igreja Católica nas diversas áreas do conhecimento, os temas religiosos predominaram no campo filosófico.


Santo Agostinho
Pensamento Medieval


O pensamento na Idade Média foi muito influenciado pela Igreja Católica Desta forma, o teocentrismo (Deus é o centro) acabou por definir as formas de sentir, ver e também pensar durante o período medieval. De acordo com Santo Agostinho, importante teólogo romano, o conhecimento e as ideias eram de origem divina. As verdades sobre o mundo e sobre todas as coisas deviam ser buscadas nas palavras de Deus.



São Tomás de Aquino


Porém, a partir do século V até o século XIII, uma nova linha de pensamento ganha importância na Europa. Surge a escolástica, conjunto de ideias que visava unir a fé com o pensamento racional de Platão e Aristóteles. O principal representante desta linha de pensamento foi São Tomás de Aquino.

Características e principais questões debatidas e analisadas pelos filósofos medievais:
- Relação entre razão e fé;
- Existência e natureza de Deus;
- Fronteiras entre o conhecimento e a liberdade humana;

Principais estágios da Filosofia Medieval

Transição para o Mundo Cristão 

 Patrística (século V e VI)

Muitos pensadores deste período defendiam que a fé não deveria ficar subordinada a razão.
Porém, um importante filósofo cristão não seguiu este caminho. Santo Agostinho de Hipona (354 – 430) buscou a razão para justificar as crenças. Foi ele quem desenvolveu a ideia da interioridade, ou seja, o homem é dotado da consciência moral e do livre arbítrio.

Escolástica (século IX ao XIV)

Foi um movimento que pretendia usar os conhecimentos greco-romanos para entender e explicar a revelação religiosa do cristianismo.  As ideias dos filósofos gregos Platão e Aristóteles adquirem grande importância nesta fase. 
Os teólogos e filósofos cristãos começam a se preocupar em provar a existência da alma humana e de Deus.
Para os filósofos escolásticos a Igreja possuía um importante papel de conduzir os seres humanos à salvação.
No século XII, os conhecimentos passam a ser debatidos, armazenados e transmitidos de forma mais eficiente com o surgimento de várias universidades na Europa.

Principais representantes: 

Anselmo de Cantuária;
Alberto Magno;
São Tomás de Aquino;
John Duns Scotus;
Guilherme de Ockham.

Principais obras filosóficas da Idade Média
- Cidade de Deus (Santo Agostinho)
- Confissões (Santo Agostinho)
- Suma Teológica (São Tomás de Aquino)

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