A Psicanálise
A
principal característica do trabalho psicanalítico é o de conhecer o
inconsciente e integrar (unir, aproximar) o que contém este inconsciente ao
consciente.
A Psicanálise se torna
instrumento de autoconhecimento com objetivo de devolver o sujeito a si mesmo,
superando o aprisionamento das forças inconscientes, que podem retornar na
forma de doença (neuroses) ou nos sonhos.
Uma vez que o inconsciente é
inacessível, os conflitos só ficam aparentes pelos sintomas que se manifestam
no plano consciente.
O sofrimento emocional, dizia
Freud, é resultado de um conflito inconsciente, a partir de conteúdos
recalcados, reprimidos.
A inovação de Freud está na
possibilidade de lidar com os conflitos existentes no inconsciente e tratar
distúrbios psicológicos.
“Falar liberta...”
A psicanálise tem como finalidade
“levar o paciente a manifestar tudo o que chega a seu pensamento, renunciando a
guiar o pensamento intencionalmente”. É
o que Freud chamou de “livre associação”.
Esse tratamento surgiu a partir
da observação dos resultados de um método utilizado no qual o paciente falaria
sobre seus problemas diários, e isso causava alívio. Era como se fizesse uma
limpeza da alma. Freud passou, então, a utilizar esse procedimento com seus
pacientes, fazendo com que eles relaxassem num divã e respondessem às
suas perguntas.
Essa técnica não exerce pressão
sobre o paciente, que não é forçado, mas guiado a deixar caminho livre para as
ideias que lhe vem à mente. O analista, por sua vez, precisa desenvolver uma
“arte da interpretação” e tudo é registrado, até mesmo as resistências (aquilo
que o paciente tem dificuldade de falar).
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