O sonho é a manifestação do
desejo
Existe ligação entre o mundo
onírico e o da vigília?
Há várias maneiras de examinar o
inconsciente, mas para Freud, os sonhos são o caminho privilegiado. No
sonho há um “conteúdo manifesto” (o que recordamos) e um “conteúdo latente” (o
sentido do sonho que o indivíduo não sabe reconhecer). Esse conteúdo pode ser
descoberto pela decifração do seu simbolismo.
O sonho é a realização de um
desejo até então reprimido, que a consciência censura e considera vergonhoso ou
inaceitável socialmente. Interpretar os sonhos é o caminho real para o
conhecimento do inconsciente.
A fome, por exemplo, pode induzir sonhos
relacionados à alimentação. As crianças, também sonham com aquilo que desejam
ardentemente. É evidente, portanto, que o sonho, apesar das aparências, não
está isento de lógica nem de ligação com o mundo da vigília.
Porém, o sonho manifesto,
recordado de manhã, já sofreu uma censura.
Freud atribuía grande importância
aos sonhos, como sendo um meio de revelar o inconsciente, porque ao dormirmos o
nosso consciente está desprevenido. As ações em nossos sonhos, interpretadas
corretamente, dão uma clara indicação dos desejos reprimidos e ansiedades
alojadas em nosso inconsciente. Em conclusão, o sonho é a realização
(mascarada) de um desejo (reprimido).
Além dos sonhos, há outros
fenômenos como atos falhos e as piadas.
Os atos falhos são
pequenos deslizes, como esquecimentos, trocas de nomes ou lapsos de linguagem
aparentemente involuntários, mas que podem ser interpretados porque “traem”
algum segredo.
A piada consiste em
gracejos feitos sem aparente intenção de ofender ou seduzir, mas que revelam forças
agressivas ou eróticas reprimidas.
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