segunda-feira, 4 de agosto de 2014

Finalidade última da Filosofia



Em sua origem histórica, a relação da filosofia com a felicidade era fundamental, pois a vida boa seria a finalidade última da investigação filosófica. Para que você entenda bem o que queremos dizer com “finalidade última” de uma ação, observe a seguinte sequência de perguntas:
- Filosofar para quê?
Para pensar melhor sobre tudo: os fatos, as pessoas, a vida.
- Pensar melhor sobre tudo para quê?
Para encontrar soluções aos problemas da existência – a minha e a das outras pessoas.
- Encontrar essas soluções serve para quê?
Para ter menos problemas, ficar mais tranquilo e viver melhor.
- Viver melhor para quê?
Para me sentir bem, em paz comigo mesmo e com o mundo.
- Sentir-se assim para quê?
Para ser feliz.
- Ser feliz para quê?
Não sei. Talvez para deixar as pessoas que me cercam felizes também.
- Deixá-las felizes para quê?
Para que eu fique feliz com a felicidade delas.
Vemos que, no final, as respostas começam a ser circulares. Voltam sempre ao mesmo ponto, ou seja, à ideia desse sentimento de bem-estar, de satisfação consigo mesmo e com a vida, ligada também à sensação de plenitude, de já ter tudo e não precisar de mais nada. Essa é uma boa descrição da felicidade.
Portanto, finalidade última é aquela que está por detrás de todas as finalidades mais imediatas e conscientes de uma ação geralmente inconsciente, ela é o motivo fundamental de uma conduta.


(COTRIM, Gilberto. Fundamentos de Filosofia. São Paulo: Saraiva, 2013).

3 comentários:

  1. É a mesma coisa que está escrito no meu livro de filosofia, nossa kkkk.

    ResponderExcluir
  2. Seria melhor se estivesse de forma mais explicativa, isso tem nos livros de filosifia,quando proucuramos outros meios,o objetivo é; ter melhor intendimento.

    ResponderExcluir